“Muitas ilações e nenhuma prova”, diz defesa do ex-presidente
- PCdoB Volta Redonda
- 13 de abr. de 2017
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A defesa do ex-presidente Lula emitiu uma nota à imprensa rechaçando as acusações feitas por delatores da Odebrecht à Lava Jato. A nota reafirma que todas as delações realizadas até agora não conseguiram apontar nenhuma prova concreta. “É nítido que a força-tarefa só obteve dos delatores acusações frívolas, pela ausência total de qualquer materialidade. O que há são falas, suposições e ilações – e nenhuma prova. As fantasiosas condutas a ele atribuídas não configuram crime”, diz a nota.

A defesa destaca que a imprensa dedicou inúmeras manchetes às delações que o Ministério Público Federal negociou com executivos da Odebrecht e classificou como “sensacionalistas” as delações que “apenas reforçam o objetivo espúrio pretendido pelos agentes envolvidos: manchar a imagem de Lula e comprometer sua reputação”. “Mas o que emergiu das delações, ao contrário do que fez transparecer esse esforço midiático, é a inocência de Lula – ele não praticou nenhum crime”, enfatiza a nota assinada pelo advogado Cristiano Zanin. Ele ainda destaca que, desde 4 de março de 2016, Lula é vítima direta de “sucessivas ilegalidades e arbitrariedades praticadas no âmbito da Operação Lava Jato para destruir sua trajetória, construída em mais de 40 anos de vida pública”. Os advogados pontam que o ex-presidente foi submetido à privação da liberdade sem previsão legal; buscas e apreensões; interceptações telefônicas de suas conversas privadas e divulgação do material obtido; e levantamento dos sigilos bancário e fiscal, dentre outras medidas invasivas. “A despeito de não haver provas, o ex-presidente foi formalmente acusado, apenas com base em ‘convicções’. Depois de 24 audiências em Curitiba e a oitiva de 73 testemunhas apenas em um dos processos, salta aos olhos a inocência de Lula. Ao final dessa nova onda, o que sobrará é o mesmo desfecho melancólico vivido pelo senador cassado Delcídio do Amaral: caíram por terra suas teses. Delcídio aceitou acusar o ex-presidente em troca da sua liberdade e depois foi desmentido por testemunhas ouvidas em juízo, quando então não podiam mentir”, conclui.
Do Portal Vermelho, com informações de agências
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