PCdoB defende frente ampla contra governo Temer e pelo Brasil
- PCdoB Volta Redonda
- 3 de abr. de 2017
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Em resolução política do Comitê Central, divulgada nesta segunda (3), o PCdoB defende a formação de uma frente ampla para combater o governo Michel Temer e pensar saídas para o Brasil. Para o partido, é preciso reunir os mais diversos setores progressistas e democráticos, patrióticos e populares para “enfrentar, isolar e derrotar o projeto neoliberal no país, liderado pelo PSDB e neste momento compartilhado com o PMDB”.

De acordo com o documento, o programa mínimo e imediato desta frente deve ser a defesa da democracia, da Constituição Federal de 1988 e do Estado Democrático de Direito. “É neste campo que se desenvolve a luta pela liberdade de manifestação e organização, contra a criminalização da luta social e desmandos da mídia monopolizada, contra o ódio e a intolerância, a discriminação racial, os preconceitos sociais, homofóbicos, de gênero, promovidos pelas forças reacionárias”, diz o texto. Na resolução, o PCdoB critica ainda a ofensiva contra a atividade política em curso no país e defende, ao contrário, resgatar a política "como forma mais elevada de mediação entre os conflitos e disputas na sociedade e nas instituições do Estado”. Nesse sentido, o PCdoB ressalta a importância de fortalecer os partidos e elevar a participação de trabalhadores e das mulheres na política. “O pretenso combate à corrupção não pode servir para destruir empresas e os ativos econômicos estratégicos. Igualmente, não pode servir para desconstruir o ordenamento institucional democrático e o equilíbrio entre os Poderes, em especial o papel do Legislativo em suas prerrogativas legitimadas pelo voto popular”, afirma o Comitê Central. O partido aponta que o alvo principal a ser combatido são as forças do rentismo financeiro – “as mais poderosas que agem contra o desenvolvimento e que sequestram a soberania e a democracia das nações”. E defende que é preciso contar “com a força do Estado nacional soberano sob direção progressista para fazer-lhe frente, juntamente com a democracia e a necessária força da luta de classes dos trabalhadores”. A resolução elenca como indispensáveis a realização das reformas política, da mídia, do sistema financeiro, agrária, tributária, urbana, do Judiciário, da saúde e da educação. “Em particular, requer-se força e clareza para uma política macroeconômica voltada para o desenvolvimento”, afirma. O PCdoB diz ainda que constituirá um movimento destinado a consultar, mobilizar e fazer um amplo chamamento em torno das propostas e dos caminhos necessários para fazer o Brasil avançar. Nesse processo, embora trabalhe pela unidade, poderá discutir ter candidato próprio à Presidência em 2018. “Nesse movimento, o PCdoB buscará exercer protagonismo na sucessão presidencial. Atuará pela constituição da Frente Ampla, pela coesão do campo democrático patriótico e popular, em torno de um programa e de uma candidatura; podendo, nesse processo, apresentar ao povo e às forças políticas progressistas uma pré-candidatura presidencial que contribua para a concretização destes objetivos”. O documento prega ainda a realização de alianças políticas e sociais para deter a “ofensiva ultraliberal”. “Sozinha a esquerda não será capaz de deter o avanço das forças reacionárias, tampouco retomar o caminho do desenvolvimento soberano, da democracia e dos direitos sociais”, indica. “É necessário explorar contradições e disputas desse consórcio, neutralizar o que for possível na sua ofensiva e, igualmente, atentar para as reconfigurações de forças políticas e sociais do espectro político centrista, presentes na sociedade, nas instituições, nos setores econômicos e em setores de partidos políticos, à medida que o governo Temer se desmoraliza”, completa o texto. Veja abaixo a íntegra:
Resolução Política
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