Servidores e Estudantes da UERJ protestam contra Pezão
- PCdoB Volta Redonda
- 24 de mar. de 2017
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A luta em defesa da UERJ teve mais um capítulo na tarde de ontem (23). Centenas de estudantes, servidores e docentes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) ocuparam as ruas contra o sucateamento da instituição promovido pelo governo Pezão. Entre as bandeiras levantadas estão o pagamento dos terceirizados, professores e dos nove mil bolsistas.
A concentração da atividade aconteceu no fim da tarde, no Largo do Machado, na Zona Sul do Rio de Janeiro, e, após a mobilização ganhar corpo, os manifestantes seguiram em passeata ao Palácio da Guanabara, em Laranjeiras, sede do Governo do Estado. A diretora do DCE da UERJ e da União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro, Natália Trindade, falou com exclusividade ao Portal CTB RJ sobre o ato valorizando a presença de diversas categorias em defesa da UERJ e contra o desmonte do Estado:
“O ato foi muito importante. Foi um ato de rua, puxado pelos estudantes e apoiado pelos professores e técnicos da Universidade. Também recebemos o importante apoio dos estudantes da Escola Técnica Martins Pena, que também está sofrendo ataque pelo desmonte do Governo do Estado. A princípio seria no Leblon, mas como o Pezão não mora lá, achamos importante e representativo fazer no Palácio Guanabara.”
Natália também comentou o anúncio da medida de corte dos salários dos professores, noticiada aqui no Portal CTB RJ:
“Durante o ato a gente falou das nossas bolsas, dos salários dos professores mas o que a gente não imaginava era que sairia, de ontem pra hoje, essa notícia de corte de 30% nos salários dos servidores. Nós, desde já, nos posicionamos contra. Não existe isso de usar os salários como “empréstimos compulsórios”, que é o que o governo do Estado está fazendo, obrigando os servidores a “emprestarem” seus salários para cobrir o rombo causado pelos sucessivos governos do PMDB. Isso é inconstitucional.
Trindade também afirmou que irão às ruas quantas vezes forem necessário para denunciar a situação da UERJ:
“Nós iremos às ruas quantas vezes for necessário para contar para as pessoas porque a UERJ não está tendo aula. Nós não estamos em greve. Dentre as três categorias, apenas uma está em greve. Os técnicos e professores não estão em greve. O que acontece é que não há condições de voltar às aulas porque não existe possibilidade de retorno sem confirmação da manutenção da universidade, sem o pagamento das bolsas e dos trabalhadores. Trabalhar sem receber é condição análoga à escravidão. A gente não pode permitir uma situação dessas numa instituição de excelência como é a UERJ.”
Na última terça-feira (21), os professores da instituição decidiram em assembleia que não há condições para o retorno às aulas em virtude de serviços como a manutenção, limpeza, segurança e o funcionamento do restaurante universitário não estarem garantidos.
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